Izalci Lucas, atual líder do PSDB no Senado, está deixando o partido para se filiar ao PL (Partido Liberal). Com essa mudança, o PSDB ficará com apenas um senador, Plínio Valério, do Amazonas, que também é alvo de interesse de outros partidos. O PL pretende aumentar sua bancada no Senado, que atualmente conta com 12 senadores, visando tornar-se a maior do Senado, ficando atrás apenas do PSD, que possui 15 membros. Com a entrada de Izalci, o PL alcançará 13 senadores, o que pode facilitar negociações de espaço na Mesa Diretora e nas comissões, especialmente em vista da disputa pela presidência do Senado em 2025.
A saída de Izalci do PSDB não foi surpreendente para os dirigentes do partido, pois essa mudança vinha sendo negociada e estudada desde 2023, sendo bem aceita, de acordo com fontes do Congresso em Foco.
Quanto ao PSDB, fundado em 1988, o partido tem enfrentado um declínio. Apesar de ter sido uma das principais forças de oposição por décadas, atualmente busca uma postura mais central, porém sem perder a sensatez. Após as eleições de 2022, o partido diminuiu de tamanho, não conseguindo eleger nenhum senador e tendo apenas três governadores eleitos. No Congresso Nacional, em parceria com o Cidadania, elegeu apenas 18 deputados federais. Agora, com a saída de Izalci, o PSDB terá apenas um senador, marcando um dos piores momentos do partido no Senado desde sua fundação, quando contava com oito senadores.
Em outubro de 2023 o partido foi despejado da sala da liderança que ficava em frente ao plenário. Um espaço que representou a força da legenda nas últimas décadas e cobiçado pelos partidos pela sua localização estratégica. Para manter a estrutura era necessário pelo menos três senadores.
Com informações do Congresso em Foco
